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terça-feira, 3 de novembro de 2020

LOUVORES AO DEUS ALTÍSSIMO (São Francisco de Assis)

 Tu és santo, Senhor Deus único, o que fazes maravilhas (Sl 76, 15).

Tu és forte, tu és grande (Sl 85, 10), tu és altíssimo, tu és rei omnipotente, tu, Pai santo, rei do céu e da terra! Tu és trino e uno, Senhor Deus, todo o bem. Tu és bom, todo o bem, o soberano bem, Senhor Deus, vivo e verdadeiro (cf. 1Ts 1, 9)!

Tu és caridade, amor! Tu és sabedoria! Tu és humildade! Tu és paciência (Sl 70, 5)!

Tu és formosura! Tu és mansidão! Tu és segurança! Tu és descanso! Tu és gozo e alegria! Tu és a nossa esperança! Tu és justiça e temperança! Tu és toda a nossa riqueza e saciedade! Tu és beleza!

Tu és mansidão! Tu és o protector (Sl 30, 5)!

Tu és o nosso guarda e defensor! Tu és fortaleza (cf. Sl 42, 2)!

Tu és consolação! Tu és a nossa esperança! Tu és a nossa fé! Tu és a nossa caridade! Tu és a nossa grande doçura. Tu és a nossa vida eterna, o Senhor grande e admirável, o Deus omnipotente, o misericordioso Salvador!

 Francisco de Assis fez no Monte Alverne uma quaresma em honra da bem-aventurada Virgem Maria, Mãe de Deus, e do bem-aventurado S. Miguel Arcanjo, desde a festa da Assunção da Santa Virgem Maria até à de setembro de S. Miguel Arcanjo.

Nessa altura foram-lhe impressas no seu corpo as chagas de Cristo.

Para dar graças a Deus, São Francisco compôs estes louvores, os quais escreveu de sua própria mão.

 São Francisco escreve este hino de louvores a Deus sem qualquer petição ou inclinação para si mesmo. Todo este hino de louvor é totalmente dedicado a Deus, pois o que é o ser humano diante da grandeza de Deus?

 Depois que São Francisco escreveu estes louvores, um dos seus companheiros ao passar por momentos de tentação de espírito queria pedir-lhe que lhe escrevesse este hino, mas não se atrevia a pedir ao Santo.

São Francisco, um dia chamou-o e disse: «Traz-me pergaminho e pena, que quero escrever as palavras do Senhor e Seus louvores, que em meu coração meditei».

E assim São Francisco escreveu os louvores de Deus e, ao fim, deu a bênção ao seu irmão, dizendo-lhe: «Pega neste escrito e guarda-o com cuidado até ao dia da tua morte».

E a partir daquele instante, o irmão sentiu dissipar a tentação que o perseguia.

 Diante das tentações e perseguições espirituais reza este hino de louvores a Deus que São Francisco nos ensinou.

Esta oração e os seus pormenores históricos foram consultados

Nos “Escritos de S. Francisco”

(Introduções: Frei David de Azevedo, OFM e Tradução: Frei Armando Mota, OFM)